segunda-feira, 15 de setembro de 2014

"A Importância de dizer: AMO-TE"

"Depois de estar casado 21 anos, descobri uma nova forma de manter viva a chama do Amor.
Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade, a ideia foi da minha esposa.
- Tu sabes que a amas - disse-me a minha esposa o que me apanhou de surpresa. A vida é muito curta e como tal deves dedicar um tempo especial a essa mulher.
- Mas, eu amo-te - protestei à minha mulher.
- Eu sei. Mas, tu também também a amas. Tenho certeza disto.
A outra mulher, a quem a minha esposa queria que eu visitasse, era a minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos, faziam com que eu só a visitasse de vez em quando.
Nessa mesma noite convidei-a para jantar e depois irmos ao cinema.
- O que é que tu tens? Estás bem? - perguntou-me, após o meu convite. (A minha mãe é aquele tipo de mulher que acredita que um telefonema à tarde ou à noite, ou um convite surpresa é indício de más notícias.)
- Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo! - Respondi-lhe
- Só nós dois. O que achas?
Ela refletiu durante alguns momentos e respondeu a sorrir:
- Adorava muito, meu querido.
Passados alguns dias, estava a conduzir para ir ter com ela, depois do trabalho e senti-me um pouco nervoso, aquele nervosismo que antecede sempre os primeiros encontros... ela também me pareceu um bocadinho emocionada.
Esperava-me à porta da sua casa, tinha o seu casaco preferido, tinha ido a arranjar o cabelo e até usava aquele vestido maravilhoso que apenas utilizava em situações muito muito especiais. O seu rosto tinha um sorriso radioso e irradiava luz como um anjo.
- Eu disse às minhas amigas que ia sair contigo e elas ficaram muito impressionadas. - comentou enquanto subia no carro.
Fomos a um restaurante não muito elegante, mas sim aconchegante. A minha mãe agarrou-se ao meu braço como se fosse "a primeira dama". Quando nos sentámos, tive que ler para ela o Menu. Os seus olhos já só conseguem ver letras ou imagens de grande dimensão.
Quando estávamos nas entradas, levantei os olhos; a minha mãe estava sentada do outro lado da mesa e olhava-me fixamente. No seu rosto notava-se um sorriso de saudade.
- Era eu quem lia o Menu quando tu eras pequeno - disse-me com orgulho.
- Então agora é hora de relaxares e me deixares ser eu a fazer esse trabalho - respondi.
Durante o jantar tivemos uma conversa muito agradável; não foi nada extraordinário, apenas colocámos a conversa em dia. Falámos tanto que esquecemos as horas e acabámos por perder a sessão de cinema.
- Filho, sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite – disse-me quando a levei para casa. E eu concordei.
- Como foi o teu encontro? - Quis saber a minha esposa quando cheguei a casa depois daquele serão maravilhoso.
- Foi muito, muito agradável. Muito mais do que imaginei.
Alguns dias mais tarde a minha mãe morreu de ataque cardíaco fulminante, foi tudo tão rápido, que ninguém conseguiu fazer nada.
Passado algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde eu e a minha mãe havíamos jantado e uma nota que dizia:
"O jantar que iríamos fazer os dois, paguei adiantado, estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para a tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. AMO-TE MUITO. Nesse momento compreendi a importância de dizermos: "AMO-TE" e de dar aos nossos familiares mais queridos a atenção que merecem".
 
(Autor desconhecido)

Sem comentários:

Enviar um comentário