segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Magia!!!

Estamos em contagem decrescente para o dia mais mágico do ano! Ainda não sabem o que oferecer ou ainda não encontraram aquele presente amoroso e único para alguém especial? Que tal oferecerem um pouco de magia? Quem se lembra dos globos de neve? Eu tinha um e ficava maravilhada a olhar para ele, parecia magia... adorava ver os "flocos de neve" a caírem... Que tal fazerem os vossos próprios globos de neve? Além de ficarem amorosos e personalizados, os mais pequenos vão adorar fazê-los. Aproveitem para passar algum tempo em família e darem um significado ainda mais especial a esta época de celebração. Ofereçam um pouco de magia, luz e brilho no Natal.
 
Aqui fica a nossa sugestão para um presente original.
Espero que gostem!
 
Esta foi mais uma das atividades do nosso Calendário do Advento

Vamos lá, mãos à obra.
 
Material necessário:

·         Frasco de vidro com tampa

·         Glicerina

·         Cola veda

·         Bonequinhos e outros acessórios

·         Bola de isopor do tamanho da abertura do frasco

·         Água

·         Glicerina

·         Brilhantes

Como Fazer:

1.      Cortar a bola de isopor ao meio.

2.      Colar a metade da bola de isopor na tampa do pote e posteriormente  colar os bonecos que farão parte do cenário na bola.

3.      Colocar água no frasco sem o encher pois as figuras coladas à tampa vão acabar por fazê-lo.

4.      Juntar um pouco de glicerina líquida e alguns brilhantes.

5.      Colocar a tampa e, se necessário, acabar de encher o frasco com água.

6.      Colocar a tampa e apertar bem.

 


Não é magia mas as crianças vão ficar fascinadas com esta experiência.
 
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Magia do Natal

Pela Dra. Ema Barros Mendes
Psicóloga Clínica de Crianças
 e Jovens
Independentemente da ideologia, religião, ou representação social do Natal, este já começou a invadir as nossas vidas. As Músicas de Natal entoam nos centros comerciais, no centro das cidades para apelar ao comércio local que tem sido esquecido, as lojas estão decoradas, as pessoas já desejam Feliz Natal e Boas Festas, a publicidade de sugestões de Natal e de brinquedos bombardeia-nos na televisão, nas rádios, em folhetos e claro saltam à vista os brinquedos nas prateleiras das filas de entrada nas superfícies comerciais, o que é uma delicia para as crianças e uma dor de cabeça para os pais… Mas será que o Natal deve ser associado somente a prendas? Ou há muito mais magia por detrás disso? Que mensagem estamos nós a passar aos mais novos afinal?
 
A maioria das pessoas gosta do Natal, porém esta época acarreta também muito stress por toda a organização que tem que ser feita, com a escolha dos presentes por exemplo nesta difícil conjuntura económica e nalguns casos mais críticos em famílias que este ano terão uma ceia mais reduzida, as cadeiras vazias lá em casa de quem já não está fisicamente neste Natal ou os filhos que têm que se dividir entre a casa da mãe e a casa do pai… uma época que marca todos nós de diversas formas. É um misto de emoções e hoje escrevo também para os adultos porque os sentimentos que os invadem passam inevitavelmente para os mais novos e a representação que estes terão do Natal será influenciada pela sua.
 
Ideias para este Natal com a sua criança ou jovem:
 
- Estimule a criatividade dos mais novos, reutilizando com estes materiais usados, como frascos, caixas, embalagens ou rolos de papel para fazer prendas personalizadas para oferecer ou para decorar a casa. Existem muitas ideias à distância de um clic, para além de poupar, promovem a sustentabilidade, atenuando a ideia de consumismo que está associado ao Natal.
 
- Peça ajuda para os preparativos de Natal: postais que podem ser feitos pelos mais novos, a decoração da casa, seleção da ementa da consoada e apoio para preparar os alimentos mais simples como os bolos. Esta interacção transmite mais uma vez um momento mágico do Natal hoje menos praticado... Quando a família cozinha em conjunto, disfruta melhor de todos estes momentos, ao invés de se comprar tudo confeccionado, mas atenção, é fundamental que espere que a casa se suje e a criança ou jovem também, mas depois limpar, faz parte, tente tornar este momento agradável para todos, sem grandes preocupações, afinal é Natal.
 
- Construa um calendário de Natal com um pequeno chocolate e uma mensagem que queira transmitir à criança ou jovem, uma mensagem que fale de amor, tolerância, solidariedade, partilha, entre outros.
 
- Em conjunto preparem um plano de atividades de Natal para fazerem em família, existem muitas propostas interessantes perto de si, para todas as idades, sendo algumas até gratuitas. Poderão também ver em conjunto alguns filmes de Natal, previamente selecionados de forma a transmitir aquilo que considera importante, com direito a pipocas e tudo!
 
- Aproveite esta época para fazer um mini cabaz de Natal para ajudar uma família carenciada, pode entregá-lo numa instituição de solidariedade da sua área de residência, envolva a criança ou jovem em todo este processo, desde a escolha dos alimentos, a elaboração do mesmo e a entrega na instituição. Pode também pedir para selecionarem roupas e brinquedos que já não utilizam para entregar a outras crianças ou jovens. Além de ajudar está a transmitir valores importantes como solidariedade, partilha e cooperação.

Em suma, disfrute do Natal de uma forma diferente este ano e aceite a cooperação da sua criança ou jovem para que se sinta menos sobrecarregado/a e para que disfrutem de Tempo Especial de qualidade. Além de prazeroso, tende a transmitir valores importantes para a sua vida adulta. Deixe claro que embora no Natal se fale mais de amor, tolerância, solidariedade e partilha estes valores devem acompanhar-nos o ano inteiro e fuja ao consumismo, explicando assim que o Natal é muito mais que prendas, é estar com a família e fazer coisas juntos porque garantidamente isto é o mais importante…Feliz Natal!
 
Fonte da imagem: Alexandre Beck
 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Nosso Calendário do Advento

Tenho andado desaparecida, todo o tempo tem sido dedicado ao Diogo e a preparar a chegada do Natal. Dezembro é um mês cheio de magia, sobretudo, para os mais pequenos.  Os dias que passam desde o início da quadra até ao dia de Natal, devem ser vividos de uma maneira especial, sobretudo, quando temos crianças. Pequenos detalhes, projetos, atividades, tarefas... fazem a diferença. Foi a pensar nisso e porque gosto de criar rituais que possamos fazer em família, que este ano, como vos disse aqui, me propus fazer o calendário do advento, uma forma simples e divertida de assinalar a passagem dos dias até ao Natal. Queria uma coisa simples e adequada à idade do D. Comprei umas botinhas numeradas, trouxe alguns troncos numa das idas ao Alentejo, fiz um conjunto de cartões com as atividades e tarefas para cada dia, reuni uma série de objetos alusivos à quadra e familiares ao Diogo e voilá... Acho que o resultado final ficou muito giro, cá em casa tem sido um sucesso. Montámo-lo no quarto do D, claro que, de vez em quando, sofre algumas perdas, mas a intenção era mesmo essa, que o D pudesse mexer, tirar os cartões, mudar os objetos de lugar, acrescentasse outros... enfim, que vivesse estes dias ainda com mais emoção, além de dar um ar natalício ao quarto e ficar super giro.
 
 
O calendário tem a forma de uma árvore de Natal, cada bota tem um cartão e um objeto relacionado com a atividade a desenvolver.
 
No nosso calendário há um bocadinho de tudo o que tencionamos fazer nestes dias! Se não cumprirmos as atividades todas não faz mal o mais importante é divertirmo-nos!
 
Algumas das atividades que fazem parte do nosso calendário são uma ida ao teatro, ao zoológico, escrever a carta ao Pai Natal, fazer colagens, postais para os amigos, frasquinhos mágicos, o presépio, passear pelo campo e apanhar pinhas, ver as iluminações de Natal...  
 
 
 
Este é certamente um ritual que passará a ser nosso!!!
 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A culpa é do teu pai/mãe!


Pela Dra. Ema Barros Mendes
Psicóloga Clínica de Crianças
 e Jovens
Após um processo de separação, os progenitores precisam de redefinir as responsabilidades e papéis parentais, reavaliar as necessidades dos filhos e tentar ter com o outro progenitor relações funcionais e cooperativas. Muitas vezes não é fácil pelas divergências nas práticas parentais e pelas emoções que estão a gerir ainda. Irão ser retratadas algumas situações que não são saudáveis para os filhos.

Na casa da mãe/pai não tens o que tens aqui.

Não tente comprar os seus filhos, pois o melhor que podem receber é amor e a paz e harmonia entre os pais. É fundamental transmitir que não são os bens materiais que importam e que não substitua a sua atenção e amor por estes.

Quando vens da casa do pai/mãe vens mal-educado!

Antes de mais nada, é fundamental reforçar que a Conjugalidade deve ser separada da Parentalidade. É fundamental tentar ter com o outro progenitor relações funcionais e cooperativas. É de evitar, por mais tentador que seja, atribuir a culpa ao outro quando o filho tem um comportamento menos adequado. Poderá não estar relacionado e se estiver deverá falar com o outro progenitor, não o confrontando ou cobrando, mas de forma a sensibiliza-lo para a situação. Jamais deverá faze-lo em frente aos filhos e muito menos fazer acusações ou desvalorizar as suas práticas parentais. Isto só irá deixar o seu filho infeliz e inseguro em relação ao outro progenitor. Este poderá ainda perder o respeito e admiração que tem por si ou ficar revoltado consigo. Os progenitores deverão conversar e tentar definir regras em comum para que os filhos não fiquem confusos. Quando as responsabilidades parentais não são partilhadas, é fácil e tentador ser “pai ou mãe de fim-de-semana” para proporcionar momentos de felicidade aos filhos sem os contrariar. Apesar de cada progenitor ter características próprias nas suas práticas parentais, os filhos precisam de um mínimo de conformidade nas regras para que cresçam com segurança e estabilidade.

Quem esteve com a mãe/pai lá em casa?

Os filhos não são nem devem ser “postos de informações” e muito menos “moços de recados”. Quando estes vêm da casa do outro progenitor deve perguntar apenas “está tudo bem? Como correu?” e deixar que a criança ou jovem conte apenas aquilo que considera importante. Do mesmo modo, não deverá em situação alguma “mandar recados” através do seu filho para o outro progenitor quando existe conflito com este. Deverá tentar falar sempre diretamente porque é um modelo para o seu filho e a cordialidade é uma característica que este precisa de aprender. Não precisam de ser os melhores amigos mas tente comunicar de uma forma saudável, pensando sempre em primeiro lugar no que é melhor para os seus filhos.

O teu pai/mãe agora tem uma nova família e já não tem tempo para ti!

Após um processo de separação é natural que as pessoas refaçam a sua vida. Quando estão a viver uma nova paixão, por vezes, mesmo sem se darem conta, afastam-se dos filhos. É importante ter atenção a isto porque as crianças e jovens pensam que os pais têm uma nova vida na qual não se encaixam, sentindo-se tristes e abandonados, embora muitas vezes não o verbalizem. Os pais devem conversar sobre a nova relação, deixando claro que serão sempre seus pais e que os filhos são as pessoas mais importantes da sua vida. Do mesmo modo, o outro progenitor deverá evitar comentar de forma depreciativa esta situação, incentivando os filhos a conhecerem o/a companheiro/a dos pais. Caso note um afastamento do outro progenitor em relação aos filhos, deve alertá-lo para a situação quando estes não estiverem presentes.


Fonte da imagem: Google
Em suma, após um processo de separação, os progenitores devem tentar ter com o outro relações funcionais e cooperativas, evitando que a relação conjugal insatisfatória que levou à separação contamine a relação com os filhos no presente. Lembre-se que irão estar sempre ligados e quanto mais harmoniosa for a relação entre os pais mais felizes e saudáveis serão os filhos. Caso sinta dificuldade em manter uma relação de cooperação ou sinta que o seu filho está com dificuldade nesta adaptação, deverá procurar um técnico especializado.