quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mértola

Desta vez não tive voto na matéria. Foi o P que tratou de tudo. Só soube para onde íamos no dia anterior mas foi uma excelente opção e uma ótima surpresa. Não consigo imaginar sítio melhor para um fim de semana tranquilo e com tempo para tudo. Tempo para passear, dormir e acordar calmamente, conversar, fazer coisas novas, conhecer sítios diferentes, comer bem, muito bem, o que nos apetecesse e às horas que nos apetecesse, parar o carro e ter espaço para correr, sentir o perfume a rosmaninho, conseguir ouvir os sons da natureza e o silêncio, aproveitar as coisas mais simples da vida mas que nos fazem verdadeiramente felizes. Foi, principalmente, isso que senti, que tivemos realmente tempo para ser felizes. No outro dia ouvi a pergunta: "O que é ser feliz?" E durante algum tempo a pergunta ecoou nos meus ouvidos. Isto é ser feliz! Há melhor do que acordar com um "bom dia, mamã" e o chilrear dos pássaros, abrir a janela e respirar ar puro, tomar o pequeno-almoço, sem pressa, numa varanda com vista para o rio?!
Foi uma escapadinha rápida a Mértola, uma vila pacata, riquíssima em património histórico, abençoada pela natureza e com pessoas que sabem receber. Aqui, encontram a calma que só o Alentejo tem, restaurantes simples, comida com os melhores sabores da terra e que conta a história destas gentes, turismo rural, hotéis e hospedarias em que nos recebem de braços abertos como se da família se tratasse...
O fim de semana foi de sol, aproveitámos para visitar o castelo, passear pelas ruas da vila, fazer um passeio de barco no Guadiana, correr pelos campos do Parque Natural do Vale do Guadiana, contar os ninhos de cegonha, viajar por estradas vazias de gente mas cheias de vida, comer um gelado sentado no muro no Pomarão e assistir ao por do sol no Pulo do Lobo!























Azenhas do Guadiana
Pomarão


Pulo do Lobo




A paisagem é magnífica mas é um local perigoso para quem vai com crianças. Atenções redobradas!!!


 
Há dois acessos. Nós saímos de Mértola em direção a Beja e seguimos as placas que indicam o local. Anda-se cerca de 30 Kms, os últimos 3, sensivelmente, são em terra batida (tivemos de abrir um portão. Atenção devem voltar a fechá-lo, trata-se de uma reserva) e estacionamos perto da cascata. Pelo outro acesso têm de andar a pé um bom bocado.

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